Você já parou pra pensar que, hoje em dia, tem muito mais gente envelhecendo no Brasil do que antigamente? A verdade é que estamos vivendo mais. Isso é motivo pra comemorar, sim. Mas… viver mais não tem sentido se não pudermos viver com dignidade, não é?
Apesar de sermos mais de 33 milhões com 60 anos ou mais, muitos de nós têm enfrentado uma dura realidade. E não estamos falando só de doenças ou limitações físicas. Estamos falando de falta de renda, de solidão, de invisibilidade, de não conseguir trabalho, de não conseguir se aposentar… de gente que vive com pouco ou com quase nada.
É que as regras mudaram, e hoje tem muita gente que está naquele limbo: velho demais pra ser contratado, novo demais pra se aposentar. E aí, como faz? O tempo passa, a vida aperta… e a renda some. O que antes era uma fase de descanso e tranquilidade, tem virado um desafio diário pra muita gente.
Tem também a desigualdade que pesa ainda mais depois dos 60. A cor da pele, o lugar onde se vive, a história de vida… tudo isso influencia no acesso à saúde, à segurança, à moradia e até à expectativa de vida. Não é justo, mas é real. E isso precisa ser falado.
E olha só um dado que corta o coração: mais de 55 mil idosos vivem hoje em condições precárias, em barracas, tendas, sem o mínimo de conforto. Alguns até são vistos pelo poder público, mas… e o resto? Quantos ainda estão invisíveis?
Ao mesmo tempo, é importante lembrar: nós não somos só problemas. Quem já passou dos 60 continua contribuindo com o país — trabalhando, cuidando da família, participando da comunidade e movimentando a economia. Mas pra que isso continue, precisamos de respeito, apoio e oportunidades reais.
Envelhecer é um direito. E viver com dignidade também. Vamos continuar falando sobre isso?
