Outro dia me peguei pensando em como a vida mudou. Quando eu era criança, lá nos tempos de minha avó, alguém com 60 anos já era chamado de “velhinho”. Hoje, aos 60, a gente está fazendo planos: uma viagem para a praia, um curso novo, ou até mesmo o próximo aniversário no salão de festas do prédio. E olha que a ciência só confirma o que sentimos no dia a dia: a vida está mais longa.

Os números não mentem. O IBGE revelou que a expectativa de vida no Brasil chegou a 76,4 anos. Parece pouco? Pois saiba que, não faz tanto tempo, esse número era 75,5. Quando olhamos para trás, vemos como o tempo era diferente. Nossos pais e avós viveram em um Brasil com muito menos acesso a cuidados de saúde, saneamento básico e infraestrutura. A falta de água tratada e o difícil acesso a tratamentos médicos faziam a vida ser bem mais curta, e a longevidade era um verdadeiro desafio.
Hoje, tudo é diferente. Somos mais de 33 milhões de brasileiros com mais de 60 anos, e a tendência é crescer ainda mais. Dizem que, em algumas décadas, um terço do país será formado por pessoas maduras como nós. Gente com histórias pra contar, saudades pra matar e uma vontade danada de continuar vivendo.

Mas viver mais não é só questão de tempo; é questão de qualidade. A gente aprende que pequenos gestos fazem diferença: o atendimento gentil no mercado, um espaço confortável no banco ou até mesmo o respeito no olhar de quem nos atende.
E nós? Bem, nós estamos aqui para aproveitar. Seja com uma caminhada no parque, um café com amigos ou aquele curso de pintura que sempre ficou para depois. Cada dia é uma oportunidade. Afinal, se a vida se alonga, é pra gente viver mais e melhor.

E você, como tem vivido essa fase tão especial? Porque eu, de cá, sigo encantado com cada novo dia que a vida me dá.