O aumento do custo de vida tem atingido toda a população, mas os idosos estão sendo particularmente afetados. Uma pesquisa recente do Ipespe para a Febraban revelou que 37% das pessoas com 60 anos ou mais já sentem o peso da inflação nos serviços de saúde e medicamentos. Esse cenário tem um reflexo alarmante: o número de idosos em situação de pobreza está crescendo de forma significativa.]
Entre 2012 e 2022, a proporção de idosos pobres aumentou de 2,9% para 4,2%, enquanto a taxa de extrema pobreza dobrou, passando de 1,4% para 3,1%. Com a população idosa em rápida expansão, segundo dados do Censo 2022, a pobreza entre esse grupo só tende a aumentar, criando uma crise social e econômica que não pode ser ignorada.
Essa conjuntura exige mais do que apenas discussões. Precisamos de políticas públicas efetivas que garantam o sustento e o bem-estar dos nossos idosos, com medidas voltadas para combater diretamente os desafios econômicos dessa faixa etária. Algumas das soluções mais urgentes incluem:
✅ Assistência social direcionada: Programas de auxílio específicos para idosos em situação de pobreza e extrema pobreza, oferecendo suporte financeiro adequado para cobrir necessidades básicas como saúde, alimentação e moradia.
✅ Acesso à saúde de qualidade: Investimentos em serviços de saúde acessíveis e eficientes, com foco nas demandas crescentes da população idosa, especialmente em relação a medicamentos e tratamentos de doenças crônicas, que muitas vezes são os principais responsáveis pelo aumento de custos nessa fase da vida.
✅ Incentivos para reintegração ao mercado de trabalho: Estímulos à contratação de profissionais idosos, possibilitando que eles possam continuar ativos economicamente, contribuindo para a sua independência financeira e para a sociedade de maneira geral.
Além disso, parcerias público-privadas podem ser uma saída estratégica para desenvolver projetos que integrem setores de saúde, assistência social e bem-estar, garantindo que a população idosa receba o suporte necessário para enfrentar os impactos econômicos da idade
A alta dos preços de produtos e serviços essenciais para os idosos, somada ao aumento do número de pessoas nesta faixa etária vivendo em condições de pobreza e extrema pobreza, revela um cenário desafiador que precisa de ações urgentes. O governo, em conjunto com a sociedade civil, deve trabalhar para reverter essa realidade e proporcionar à melhor idade uma vida digna, onde o envelhecimento não seja sinônimo de dificuldades econômicas.
Vamos lutar por mudanças! A longevidade deve ser celebrada, mas é fundamental garantir que nossos idosos possam envelhecer com dignidade, qualidade de vida e segurança econômica.