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Você também sente saudade da infância?

Tem um poema do Mario Quintana que fala de um jeito muito bonito sobre isso. Ele começa dizendo: “Recordo ainda… e nada mais me importa.”

É como se ele estivesse sentado, lembrando dos dias de criança — aqueles dias calmos, cheios de luz, em que cada tarde parecia deixar um presente na porta. Um carrinho, uma boneca, um pião. Coisas simples, mas cheias de significado.

E aí, ele conta que o tempo passou. Que veio um vento de desesperança, e ele precisou pendurar os brinquedos. Seguiu a vida, virou adulto, e de repente… envelheceu.

Mas o mais bonito é o final:
“Sou um pobre menino… acreditai! / Que envelheceu, um dia, de repente!”

Essa frase bate forte no coração, né? Porque é assim mesmo que muita gente se sente. A vida passa tão depressa que, quando a gente percebe, já virou lembrança. Mas dentro da gente, a criança continua lá. Às vezes quietinha. Às vezes querendo voltar a brincar, a sorrir, a lembrar do que fazia o coração bater mais forte.

E tá tudo bem sentir isso.
Sentir saudade da infância não é coisa de gente fraca.
É coisa de quem viveu muito.
De quem tem história.
De quem carrega no peito memórias que nenhuma idade pode apagar.

A verdade é que, por dentro, a gente não envelhece tanto assim.
Só muda o ritmo.
E tudo bem querer, de vez em quando, os “brinquedos” de volta — mesmo que seja só pra lembrar o quanto a vida foi (e ainda é) cheia de sentido.

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